Nas comunidades, as manhãs de domingo são sempre muito movimentadas, com ruas cheias de gente fazendo compras para o almoço com a família. Na Rua Independência, um dos principais centro de comércio na Cabana do Pai Tomás, na Região Oeste, nesse domingo (01) não foi diferente. Rodrigo Paiva participou de uma carreata com o candidato a vereador Rodrigo Nunes. Depois, junto com a candidata a vice-prefeita na chapa de Paiva, a médica Patrícia Albergaria, fizeram um “panfletaço”.
Nunes mora na região e conhece todo mundo. Por onde passam, os candidatos recebem a simpatia dos eleitores, muitos sorrisos e cumprimentos. Pelo caminho, o candidato do Novo à Prefeitura de BH vai conversando com comerciantes e vendedores ambulantes. No bar do Salu, que existe há 40 anos, não há nenhuma mesa vazia e os clientes se aglomeram em frente ao balão, para disputar uma cerveja gelada e uma porção de chouriço, um dos tira-gostos mais famosos do boteco. Muita gente para para tirar uma selfie com Paiva. Nas ruas, quase não há espaço para passar também. As mercadorias são expostas na calçada mesmo – ovos, verduras, tudo na promoção para atrair os clientes.
O vendedor de algodão doce, vestido de palhaço, pega o microfone e, no lugar da música gospel que toca sem parar, ele cumprimenta Rodrigo Paiva e a militância do NOVO. “O nosso abraço ao nosso prefeito Rodrigo Paiva e à vice, doutora Patrícia Albergaria!” – grita a caixa de som. A mulher do candidato, Wanêssa Cabildelli, logo faz amizade e aprende a fazer o algodão doce, ali na hora mesmo. E depois de alguns minutos sai toda orgulhosa: ”Olha, Rodrigo, eu que fiz o meu!” Ele sorri e os dois dividem o doce que tem o sabor da infância.
Já é quase meio dia e a fome aperta. O cheiro do churrasquinho é irresistível e Rodrigo para para experimentar um medalhão, porque o de toucinho de barriga já acabou. Enquanto espera ficar pronto, o dono do carrinho, Matias Lopes Martins, mais conhecido como Baiano, conta que vende, nos fins de semana, 800 churrasquinhos por dia. Rodrigo pergunta a ele se tem licença e a resposta não surpreende:” Não tenho, não. Trabalho aqui há mais de 15 anos e ainda não consegui. A fiscalização já tomou meu carrinho e tive de pagar R$800,00 para liberar. É muito difícil.”
A reclamação é comum à maioria dos comerciantes de comunidades que Rodrigo Paiva tem visitado e dos ambulantes com quem conversa. Eles se queixam dos custos e da burocracia para obter licenças e alvarás. “Não é possível que uma pessoa leve tanto tempo para conseguir uma autorização para trabalhar, para ganhar a vida!”, pondera Paiva. E continua:”As pessoas querem fazer o certo, querem se regularizar, mas não conseguem por causa da Prefeitura. Encontrei, na Vila Formosa, na região do Barreiro, o dono de uma lojinha minúscula numa pracinha. E ele me disse que quer pagar o IPTU, mas não consegue autorização para a loja funcionar . E que, por lá, só aparecem fiscais para tomar a mercadoria dele.”
Paiva tem um proposta de promover um “revogaço”, nos moldes do que o Governador Romeu Zema fez no programa Avança Minas: “Eu vou revogar várias normas e dispensar alvarás que empatam a vida de quem quer empreender, de quem quer trabalhar, gerar emprego e renda. Abrir empresas e conseguir autorização para trabalhar não pode ser tão complicado e moroso como é agora. BH precisa de um bom gestor, que possa enxugar a máquina pública para oferecer bons serviços à população de forma rápida e eficiente. E que saiba criar um ambiente de negócios favorável para a cidade. E eu sei fazer isso. ”
Antes de ir embora, ele aproveita para fazer o sacolão da semana. Compra cenoura que custa R$0,99 e o limão. “Vou aproveitar, porque o limão chegou a custar quase oito reais e o preço aqui está ótimo, R$2,99. Patrícia Albergaria compra banana da terra – as minhas filhas adora e aqui está muito mais barato do que onde eu moro.”