A infraestrutura de nossa capital tem sido negligenciada por décadas, enquanto outras cidades do Brasil e do mundo progrediram significativamente. Somente agora, projetos importantes estão sendo retomados, como o Rodoanel e a linha 2 do metrô.

Um projeto que acabou sendo abandonado foi a nova rodoviária de BH no Bairro São Gabriel, localizada nas margens do Anel Rodoviário, que chegou a ser concedida, mas foi paralisada e posteriormente abandonada sob decisão do então prefeito.

São Paulo adotou a estratégia de ter múltiplas rodoviárias, integrando-as a estações de metrô (que não para de crescer), o que tem se mostrado bem-sucedido.

Temos observado que o uso compartilhado das estações é um sucesso. A estação do Vilarinho em Belo Horizonte é um exemplo, onde temos uma estação de metrô, uma estação do MOVE e um Shopping Center. Essa operação conjunta proporciona benefícios aos usuários e também fomenta negócios, empregos e renda.

A ALTERNATIVA CONVENCIONAL

Acredito que essa deveria ser uma das estratégias a ser seguida em Belo Horizonte para viabilizar a construção desses terminais e proporcionar mais conforto e praticidade aos usuários, por meio de concessão à iniciativa privada.

O terminal previsto no Bairro São Gabriel não deveria ser o único. Em minha opinião, seu projeto deveria ser retomado, pois teria integração com a estação de metrô e o terminal do MOVE, potencializando ainda mais o empreendimento com a adição de um Shopping. Esse terminal serviria aos ônibus com destino à capital provenientes das regiões leste do estado (Via BR-381, BR-262) e norte (MG-10).

Nesta alternativa, teríamos ainda outros 3 terminais, um na chegada da BR-040 vindo de Brasília, outro na chegada da BR-381 vindo de São Paulo e o terceiro na chegada da BR-040 e BR-356 vindo do Rio de Janeiro.

UMA DISRUPÇÃO AO MODELO ATUAL

Uma proposta que pode ir além, seria praticar uma descentralização total. Esta descentralização já vem acontecendo na prática, pois os ônibus por aplicativo (o Buser é o mais famoso) já vem utilizando outros locais para chegada e partida de seus usuários. A Buser, por exemplo, tem quase 50 pontos de embarque listados em seu site para Belo Horizonte!

As vantagens, são a comodidade de termos um local mais próximo das residências, sem aglomeração e a desvantagem a possível falta de infraestrutura, apesar de que estes pontos de embarque e desembarque costumam ficar perto de estações de metrô, MOVE e Shoppings.

E aí, o que acha dessas ideias, qual delas é a sua preferida, ou vamos fazer um mix das duas?

Essa é a minha série “Pensando BH”, na qual apresento ideias e propostas para transformar a capital dos mineiros em uma cidade admirável.

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