Belo Horizonte enfrenta um aumento preocupante nos índices de furtos e roubos a residências, tornando a segurança uma questão central para os moradores. A média de 18 ocorrências por dia demonstra a gravidade da situação, com uma clara tendência de crescimento. 

Entre os desafios enfrentados, destaca-se a sofisticação crescente dos criminosos, que utilizam ferramentas especializadas para arrombar portões e adotam veículos com placas clonadas, dificultando a identificação. O planejamento meticuloso desses crimes, conforme apontado por especialistas, é uma resposta ao aumento das tecnologias de segurança, exigindo das autoridades uma adaptação constante para lidar com estratégias cada vez mais elaboradas.

Os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública revelam um aumento de 12% nas ocorrências de furtos e roubos entre janeiro e maio de 2023, em comparação ao mesmo período no ano anterior. Com 18 casos diários, a sensação de risco e impunidade cresce, levando os moradores a buscarem medidas adicionais de proteção.

O planejamento dos crimes, conforme destacado por especialistas, está relacionado à resposta dos criminosos à evolução das tecnologias de segurança. O uso de violência reduziu 25%, enquanto furtos utilizando técnicas de arrombamento aumentaram 14%. A retomada das atividades presenciais pós-pandemia também influencia, com as residências ficando vazias por períodos mais extensos.

Apesar dos esforços da Polícia Militar, que realizou mais de 154 mil operações e prendeu mais de 20 mil suspeitos até agosto de 2023, a comunidade busca estratégias adicionais, como redes de vizinhos protegidos e investimentos individuais em sistemas de segurança. A preocupação com a impunidade, reforça a necessidade de uma atuação mais efetiva do poder público na segurança pública.

Além do furto a residências, temos dados alarmantes de furtos como um todo registrados em 2023. Segundo informações da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), a capital mineira registrou uma média de 210 furtos por dia, representando um aumento significativo de 17,83% em relação ao ano anterior.

Furto recorrente em frente a Escola Estadual Leopoldo de Miranda na Rua Barão de Macaúbas, no Bairro Santo Antônio

Entre janeiro e junho de 2023, as ocorrências de furto totalizaram 37.963 casos, comparadas aos 31.169 do mesmo período em 2022. Os alvos desses crimes variam, incluindo estabelecimentos comerciais, residências, transporte coletivo, cargas e transeuntes. Um destaque é o aumento expressivo de 35,89% nos furtos contra pedestres, totalizando 5.962 casos no período analisado.

Os furtos em ônibus também apresentaram um aumento notável, com 19,49% a mais de ocorrências em comparação ao ano anterior, somando 2.587 casos. Em contrapartida, os roubos na cidade registraram uma queda nos primeiros seis meses de 2023, com uma média de 16 registros diários. O crime contra pedestres e em coletivos também apresentou redução, mas permanece uma preocupação, com 2.115 e 137 casos, respectivamente.

Destaca-se a importância de uma abordagem preventiva e de medidas conjuntas entre autoridades e sociedade para conter o avanço da criminalidade. A liberação recorrente de presos nas audiências de custódia é apontada como um desafio adicional, demandando a participação do judiciário na questão da segurança pública.

Em resumo, os números alarmantes de furtos em Belo Horizonte refletem uma insegurança crescente, exigindo uma resposta imediata e coordenada para proteger a população e conter essa epidemia de crimes na cidade.

PS: A diferença entre furto e roubo reside na presença de violência ou ameaça direta. No furto, ocorre a apropriação de bens sem o uso de força ou ameaça, enquanto no roubo, a subtração é acompanhada por violência ou ameaça contra a vítima.

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