Segundo o levantamento mensal da Serasa, que apresenta o cenário de endividamento e renegociações de dívidas no Brasil, a inadimplência está crescendo ainda mais neste ano. O último Mapa da Inadimplência publicado, com dados de março/22, indica que 65,69 mil brasileiros estão inadimplentes, acumulando um valor total de R$ 265,8 bilhões em dívidas.
A inadimplência representa um problema para o consumidor e impacta toda a economia do país. E as empresas – em especial as de micro e pequeno porte – são muito prejudicadas quando deixam de receber os valores previstos em seu faturamento.
Neste artigo da [4ª DA GESTÃO], abordaremos um pouco mais sobre a inadimplência, suas consequências e apresentar três dicas valiosas que podem te ajudar a driblar mais este desafio em sua gestão.
Como a inadimplência pode prejudicar sua empresa?
Já te contamos aqui que o fluxo de caixa é a força vital das empresas, já que mede a saúde financeira e a disponibilidade de recursos ao longo do tempo. Um fluxo de caixa positivo significa que há mais recebimentos que pagamentos, que há lucro. E a inadimplência é uma das ameaças ao fluxo de caixa da empresa, já que corresponde ao não recebimento de valores previstos e a indisponibilidade de recursos nas empresas para honrar com os seus compromissos assumidos.
Assim, a alta inadimplência resulta na redução do capital de giro do negócio, ou seja, o ativo circulante, o valor disponível para a empresa funcionar. Isso significa o desequilíbrio financeiro, a incapacidade de efetuar os pagamentos, inclusive de despesas básicas, como salários, compras de matéria-prima, aluguel, impostos e outras. Este problema afeta, principalmente, as micro e pequenas empresas, que não costumam manter uma reserva suficiente para cobrir este fluxo de caixa negativo, o que pode levar o negócio à falência, na pior das hipóteses.
Há outros desdobramentos da alta taxa de inadimplência, que nem sempre são considerados:
- Entraves nos processos internos, por descapitalização.
- Com o atraso nos pagamentos, pode ser que as empresas não recebam seus insumos para sua atividade, gerando atrasos nas entregas aos seus clientes adimplentes, afetando o relacionamento da empresa com os mesmos.
- Atrasos nos pagamentos dos salários podem afetar o relacionamento com a equipe interna e o desempenho dos colaboradores.
- As finanças podem ficar ainda mais comprometidas com os gastos com juros e mora em pagamentos atrasados, além de pagamentos de tarifas financeiras, caso o gestor seja obrigado a recorrer a crédito e empréstimos para cobrir o fluxo de caixa.
Todos estes efeitos geram uma consequência final: a redução do lucro real das empresas.
Para evitar ou reduzir a inadimplência e todos os seus efeitos, temos 3 dicas valiosas para você:
1ª Dica: Previna-se da inadimplência desde a negociação e a venda.
Um dos erros mais comuns nas empresas é querer vender a qualquer custo. Mesmo que este custo seja o aumento da inadimplência. Ou seja, concedem crédito sem analisar o perfil do consumidor, aceitam condições de recebimento arriscadas, sem garantias. De nada adianta vender, se o dinheiro não entra em caixa, não é mesmo?
Você pode se prevenir da inadimplência antes mesmo das negociações com os clientes. Veja como:
- Comece por definir políticas claras e seguras de comercialização e análises de crédito dos possíveis compradores.
- Registre todas as informações relevantes dos seus clientes, inclusive o histórico de negociações.
- Incentive o pagamento à vista ou antecipado. Solicite garantias de recebimento.
- Se possível, negocie as entregas conforme o recebimento.
- Valorize o relacionamento com o cliente, oferecendo crédito somente a bons pagadores, já fidelizados. Beneficie quem paga em dia.
- Na dúvida, negocie o pagamento à vista ou antecipado.
- Ofereça opções diversificadas de meios de pagamento, como os pagamentos digitais, PIX, débitos automáticos, cartões de crédito (em especial para parcelamentos e compras recorrentes, como assinaturas e contratos).
- Formalize todas as vendas, com contratos e geração de notas fiscais, para que seja possível protestar a dívida. Um sistema automatizado e integrado para faturamento e cobrança pode simplificar este processo. Conheça o Company V20 e as demais soluções, que a Paiva Piovesan te oferece.
- Em caso de parcelamentos, opte por faturamentos parciais, conforme as datas de recebimentos. Empresas tributadas pelo regime de competência devem se atentar a este ponto, para que os impostos sejam recolhidos conforme as datas de recebimento do dinheiro.
- Permitir que o cliente escolha os dias de vencimento pode ajudar também, já que ele poderá avaliar sua situação financeira e escolher as datas que conseguirá quitar o compromisso. Assim, você poderá se programar melhor e equilibrar seu fluxo de caixa.
2ª Dica: Gerencie os recebimentos e administre a inadimplência da empresa, diariamente.
O controle financeiro diário ajuda a reduzir sua inadimplência, já que permite a acompanhamento dos recebimentos e levantamento dos atrasos instantaneamente. Quando podemos recorrer a uma solução de gestão financeira, como o Finance V20 ou o NEXT Finance, estes processos são muito mais fáceis.
Crie procedimentos padrões para acompanhar suas contas a receber. Diariamente, concilie suas contas correntes e cobranças, para validar quais transações foram recebidas e transferir os atrasados para contas em cobrança, assim, não considerará os valores em aberto em seu fluxo de caixa e poderá direcionar os contatos com os inadimplentes. As chances de conversão da inadimplência são maiores quanto mais cedo notificamos os clientes sobre o atraso.
Seu processo pode ser muito agilizado quando utiliza um sistema que permite um controle de contas em cobrança, com funcionalidades específicas para este fim, como registro de histórico de contatos com os devedores e cálculos de juros e multas por atraso. Veja, por exemplo, como o Finance V20 facilita estes controles:
Um procedimento interessante é o envio de lembretes dos pagamentos aos clientes, alguns dias antes da data de vencimento da fatura, por e-mail, SMS, aplicativos de mensagens. Muitas vezes, os atrasos ocorrem por simples esquecimento por parte do pagador.
Outra forma de gerenciar a inadimplência é a definição de indicadores e metas de cobrança. O cálculo da taxa de inadimplência na empresa, por exemplo, contribui para um melhor planejamento financeiro (levando em consideração que parte do valor faturado pode não ser recebido) e o acompanhamento rotineiro nos permite agir rapidamente em caso de desvios, revisando as políticas comerciais e demais procedimentos da empresa.
Segundo dados das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), disponibilizadas pelo Banco Central, a taxa aceitável de inadimplência é de 5%. É claro que esta taxa varia conforme o setor de atividade da empresa, mas pode ser um balizador.
O Finance V20 (na opção Professional ou superior) oferece o recurso ideal para o cálculo da taxa de inadimplência em sua empresa. Com poucos cliques, é possível avaliar todas as movimentações, comparando datas de vencimento e recebimento das transações e obter o indicador em seu negócio:
3ª Dica: Crie uma política de cobrança humanizada, preservando o seu relacionamento com o cliente.
Não é porque seu cliente está te devendo que você deve abandoná-lo em um momento de dificuldade, certo? Agindo de forma amigável e com empatia é possível preservar seu relacionamento com os clientes, afinal, todos podemos passar por momentos mais complicados e a grande maioria das pessoas não ficam inadimplentes intencionalmente.
Um fato é certo, mesmo que a empresa esteja no direito de cobrar uma dívida, boa parte das pessoas ficam infelizes ao receber uma cobrança. Vale lembrar que o Código de Defesa do Consumidor, de 1990, proíbe quaisquer constrangimento ou ameaças ao consumidor na cobrança de débitos. Assim, dependendo da maneira como o cliente é abordado, além de perdê-lo, a empresa pode estar infringindo a lei e prejudicando sua reputação devido a processos e reclamações públicas em redes sociais e outros canais.
Então, busque sempre uma abordagem amigável e respeitosa, tratando o cliente da mesma maneira com que trata a todos os outros. Esteja aberto a negociações, escute o cliente e tente entender os motivos que o levaram ao débito e tente encontrar uma solução que favoreça ambos os lados. Ofereça um acordo, facilite o pagamento, ofereça opções de parcelamento e calcule juros justos e compatíveis com o mercado. Conforme for a situação, abrir mão de uma parcela do valor pode ser uma saída, já que uma pequena perda nesta negociação pode significar muito para o cliente, que provavelmente manterá o relacionamento com a empresa e poderá gerar futuras vendas ainda mais promissoras.
Defina seu processo de cobranças, criando padrões para cada perfil. Um cliente que atrasou pontualmente não pode ser colocado na mesma “caixa” daqueles que sempre atrasam os pagamentos, certo? A comunicação com quem atrasou o pagamento uma única vez deve ser diferente da utilizada com os que atrasam de maneira recorrente.
Crie um roteiro a ser seguido por sua equipe, considerando cada perfil de cliente. Defina o fluxograma de ações e scripts em todos os pontos de contato. Você pode começar com uma notificação por e-mail personalizada assim que o atraso ocorrer; após alguns dias, enviar uma mensagem por aplicativos (como o WhatsApp); depois, ligar para conversar com o cliente e entender o que está ocorrendo; em seguida, enviar uma proposta de negociação da dívida. Somente após todas as tentativas de negociação direta com o cliente, é recomendado tomar medidas mais drásticas, como cortar o fornecimento do serviço ou aplicar as medidas judiciais cabíveis.
Cultive sempre um bom relacionamento com todos os seus clientes, se mantendo presente e útil, para conquistar a sua lealdade. Investir em um bom relacionamento fará com que a empresa seja valorizada vista com bons olhos pelos seus clientes. E as pessoas felizes e gratas com uma empresa tendem a não medir esforços para honrar com seus compromissos com a mesma.
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