Em minha série ‘Pensando BH’, estou propondo o crescimento e aperfeiçoamento da infraestrutura da cidade, e é lamentável ver que a atual gestão da Prefeitura está destruindo uma das principais infraestruturas que já temos. É um absurdo!
Vamos aos fatos:
O Aeroporto Carlos Prates é uma infraestrutura essencial para a cidade e a sociedade, com 80 anos de serviços prestados ao estado de Minas Gerais. O aeroporto abriga mais de 130 aeronaves e possui uma parceria com o Sistema FIEMG para a formação de centenas de jovens em cursos técnicos profissionalizantes. Além disso, emprega diretamente 500 pessoas e gera 300 empregos indiretos. Nos últimos 20 anos, o aeroporto recebeu mais de 500 mil passageiros.
O Aeroporto Carlos Prates é o segundo mais movimentado de Minas Gerais e o segundo maior e mais importante polo formador de aviadores do Brasil. Também abriga a maior certificadora aeronáutica do país, é a base do Aeroclube do Estado de Minas Gerais e serve como laboratório prático para alunos de engenharia aeroespacial da UFMG. Além disso, possui o maior e mais moderno centro de manutenção de helicópteros de Minas Gerais.
Devemos destacar ainda, a importância do Aeroporto Carlos Prates para as forças de segurança pública de Minas Gerais. Seu fechamento abrupto e sem estudo prévio coloca em risco as operações e aumenta os custos das atividades relacionadas ao resgate de traumas, contenção de tragédias, transporte de enfermos, transporte de órgãos para transplante e combate a incêndios.
Importante atentar para o fato de que a área do aeroporto foi doada exclusivamente para atividades aeroportuárias. Caso as atividades sejam encerradas, haverá questionamentos judiciais prolongados e a necessidade de devolver a área à família proprietária das terras.
Portanto, é urgente o debate sobre o fechamento, pois não existem alternativas prontas em Belo Horizonte para substituir as operações do Aeroporto Carlos Prates. O encerramento seria irreversível, deixando a cidade com apenas uma pista de pouso disponível.
A VERDADE SOBRE A SEGURANÇA
É importante também mencionar a questão da segurança do aeroporto, apresentando uma análise comparativa com dados dos últimos 20 anos de operação. Por exemplo:
- Carlos Prates: 3 acidentes com 4 vítimas fatais (nenhum envolvendo aeronaves de instrução);
- Pampulha: 5 acidentes com 14 vítimas fatais;
- Congonhas: 4 acidentes com 305 mortes;
- Campo de Marte: 10 acidentes com 22 vítimas fatais.
É relevante mencionar que no ano de 2021, a BHTrans relatou 113 vítimas fatais no trânsito de Belo Horizonte, sem que a Prefeitura tenha solicitado o fechamento das ruas da cidade.
Também é interessante destacar o projeto da associação Voa Prates, que propõe a construção de um museu aeronáutico, dentre outras melhorias, para aproveitar melhor a área do Aeroporto Carlos Prates. A Prefeitura de Belo Horizonte deveria, na verdade, estar colaborando para que esse projeto se torne realidade e atraia ainda mais visitantes para nossa cidade.
Link do projeto: https://www.youtube.com/watch?v=P-dgINc6EgQ
Uma resposta