Desde sua criação em 2003, o Bolsa Família foi apresentado como uma solução para combater a pobreza e a desigualdade no Brasil. Entretanto, ao invés de vermos uma diminuição significativa no número de famílias dependentes desse programa assistencial, testemunhamos um aumento alarmante. Essa é uma realidade que não podemos mais ignorar.
Quando o Bolsa Família foi lançado em 2003, atendia modestamente 1,15 milhão de famílias, fornecendo um benefício médio mensal de 73,67 reais. Contudo, ao longo dos anos, ao invés de vermos um progresso tangível na erradicação da pobreza, testemunhamos uma expansão massiva do programa. 20 anos depois, em dezembro de 2023, mais de 21,06 milhões de famílias dependiam do Bolsa Família, recebendo um valor médio de R$ 682,91 por família.
Esses números não apenas revelam a persistência da pobreza em nossa sociedade, mas também a falha sistemática das políticas governamentais em abordar suas causas fundamentais. Em janeiro de 2024, Belo Horizonte gastou mais de R$ 85 milhões para assistir 131.863 famílias através do Bolsa Família. Isso representa uma porcentagem alarmante de pelo menos 17% da população da capital (considerando 3 pessoas por família), ou pelo menos 395.589 pessoas na cidade que dependem desse auxílio governamental.
Diante dessa realidade, é imperativo que questionemos o verdadeiro propósito e eficácia do Bolsa Família. Como pode um programa destinado a ser temporário e de transição se tornar uma parte essencial da vida de milhões de brasileiros? O sucesso do Bolsa Família, como apontado por alguns, seria alcançado se não houvesse nenhuma família que dele dependesse. No entanto, estamos longe desse ideal, e é hora de reconhecermos que o atual modelo falhou em cumprir sua promessa inicial de erradicar a pobreza e promover a inclusão social.
Em um país rico em recursos e potencialidades, é inaceitável que tantas pessoas continuem vivendo em condições precárias, dependentes de programas assistenciais para sobreviver. O Bolsa Família, longe de ser uma solução definitiva, tornou-se um sintoma de um sistema que perpetua a desigualdade e a injustiça social. Chegou a hora de repensarmos nossas políticas sociais e nos comprometermos verdadeiramente em criar um futuro onde programas como o Bolsa Família não sejam mais necessários.
Ao observar o quadro abaixo podemos compreender a gravidade que uma politica pública nefasta pode fazer com um país.
Muito bom, o governo tem que investir em políticas públicas para gerar renda e autonomia financeira para todos os cadastrados.se for temporário por 2 anos, nestes dois anos as pessoas cadastradas tem que frequentar cursos de capacitação profissional, inteligência emocional, acompanhamento psicológico e cabe aos governos municipais e estaduais criar soluções de oportunidades locais para gerar autonomia para em 2 anos os beneficiados terem condições de sair da bolsa, lógico que tudo com apoio do governo federal.
Revela o que há tempos já diziam, não dê ao cidadão aquilo que ele possa conseguir com seu próprio esforço.
Precisamos de ter uma contraparte para para evitar a acomodação. É da natureza humana praticar o menor esforço possível para sobreviver.
Têm tanta atividade pública que parte desses beneficiários poderiam fazer para o bem deles e da comunidade, é só fazer um ajuste na legislação.