O Anel Rodoviário, oficialmente conhecido como “Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo”, tem aproximadamente 27 km de extensão, ligando a região sul da cidade (BR-040 e BR-356) no Bairro Olhos D’água a porção nordeste, na altura dos bairros Goiânia e Nazaré (BR-262 e BR-381)
Construído nos anos 50 para tirar o então crescente tráfego de carga que passava pelo Centro de Belo Horizonte, tem sido uma artéria vital para Belo Horizonte. Passados mais de 70 anos, enfrentamos agora sérios problemas que impactam não apenas o tráfego, mas também a segurança de todos os usuários dessa via.
Hoje a via é dividida em dois trechos, um sobre a responsabilidade da Via 040, concessionária responsável pela BR-040 e outro sobre a administração direta do DNIT do Governo Federal.
Ao longo dos anos, a cidade testemunhou um aumento alarmante no tráfego, tornando evidentes os gargalos e pontos críticos no Anel Rodoviário. O resultado foi uma série de acidentes fatais, especialmente no trecho conhecido como descida da Betânia, um ponto notório de preocupação. Recentemente, a Prefeitura de Belo Horizonte tomou medidas positivas, construindo áreas de escape em 2022, uma resposta essencial para evitar tragédias futuras.
A Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), por meio de sua Comissão Técnica de Transportes, identificou dez pontos de estrangulamento ao longo dos 27 km do Anel Rodoviário. Este levantamento detalhado, apresentado neste documento, representa uma iniciativa vital para melhorar a segurança e a eficiência desta importante via.
No contexto de uma cidade em crescimento constante, é imperativo que a engenharia desempenhe um papel fundamental na resolução dos problemas enfrentados pelo Anel Rodoviário. A SME propõe uma solução parcial, mas pragmática, que envolve a liberação de uma faixa adicional em cada pista em pontos estratégicos. Essa ação, embora parcial, aliviará significativamente o fluxo de tráfego e, mais importante, reduzirá o risco de acidentes.
Entendemos que os desafios são complexos e que soluções de longo prazo estão sendo discutidas. Projetos abrangentes que envolvem novas obras de arte de engenharia (OAEs), vias laterais e outras intervenções são essenciais para o futuro. No entanto, nossa proposta imediata se concentra na implementação de uma medida eficaz e econômica para criar três faixas de tráfego em cada pista do Anel Rodoviário.
Através de visita “in-loco” identificamos e relacionamos a seguir os dez pontos de estrangulamento ao longo de sua extensão. ( Mapa Anel Rodoviário BH )
1 . Rua Damásio Brochado – entrada dessa rua no ANEL
Obras a serem executadas: remoção/desapropriação de casas, para implantar faixa de aceleração, mantendo 3 faixas de tráfego independentes na pista do ANEL;
2 . Viaduto Ferroviário no Bairro Betânia
Obras a serem executadas: demolição da OAE ( ~700 m²) e alargamento de 3,50 m de cada lado de cada pista de rolamento;
3 . Viadutos sobre a Avenida Tereza Cristina
Obras a serem executadas: alargar 3,5 m em cada viaduto (~525 m²), possibilitando 3 faixas de tráfego em cada um;
4 . Viadutos sobre a Avenida Amazonas
Obras a serem executadas: alargar 3,5 m em cada viaduto (980 m²), possibilitando 3 faixas de tráfego em cada um;
5 . Viadutos sobre o ANEL para acesso à BR-040 (Brasília)
A solução aqui foi fazer com que a terceira faixa seja deslocada para as laterais para evitar os pilares do viaduto. Em visita ao local identificamos espaço suficiente para esta construção.
A seguir, desenhos da proposta de desvio da terceira faixa de rolamento.
6 . Viadutos sobre a Avenida IVAÍ
Obras a serem executadas: alargar 3,5 m em cada viaduto (~350 m²), para possibilitar 3
faixas de tráfego em cada pista do ANEL.
7 . Viadutos sobre o ANEL na Avenida Carlos Luz
A solução aqui foi fazer com que a terceira faixa seja deslocada para as laterais para evitar os pilares do viaduto. Em visita ao local identificamos espaço suficiente para esta construção.
Obras a serem executadas: desvio da terceira faixa para evitar pilares dos viadutos existentes.
A seguir, desenhos da proposta de desvio da terceira faixa de rolamento.
8 . Viadutos sobre a Avenida Antônio Carlos
Obras a serem executadas: alargar viaduto sentido Vitória – Rio de Janeiro em 3,5 m (245 m²) e alterar passarela existente, permitindo 3 faixas de tráfego em cada pista de rolamento do ANEL;
9 . Viadutos sobre a Rua Pedro Vicente
Obras a serem executadas: alargar 3,5 m em cada viaduto (235 m²), possibilitando 3 faixas de tráfego em cada um;
10. Viadutos sobre a Avenida Cristiano Machado
Obras a serem executadas: alargar 3,5 m em cada viaduto (1.890 m²), possibilitando 3 faixas de tráfego em cada um;
No quadro abaixo resumimos os locais onde as intervenções devem ser realizadas, com uma estimativa de custo direto da ordem de R$ 200 a 250 milhões.
Obra | Local |
1 | Rua Damásio Brochado |
2 | Viaduto Ferroviário no Bairro Betânia |
3 | Viadutos sobre a Avenida Tereza Cristina |
4 | Viadutos sobre a Avenida Amazonas |
5 | Viadutos sobre o ANEL para acesso à BR-040 (Brasília) |
6 | Viadutos sobre a Avenida IVAÍ |
7 | Viadutos sobre o ANEL na Avenida Carlos Luz |
8 | Viadutos sobre a Avenida Antônio Carlos |
9 | Viadutos sobre a Rua Pedro Vicente |
10 | Viadutos sobre a Avenida Cristiano Machado |